Nada me adormece melhor
Que o teu cansaço;
O teu amor seguro.
Esta janela de aldeia
Na maior cidade,
Os ombros colocados
Com exatidão e sacerdócio.
Fico mudo – soltem os foguetes – Fico pronto.
Durmo porque trazes certezas
E achas graça ao que tem graça
E nunca vais embora.
Não sonhei contigo.
Pertences à vida, ao frio
Ao cheiro de almoço,
Ao cabelo despenteado.
Ser adulto é ter muito medo
Da morte.
Adolesço, deitado, contigo.
(2015)
Sem comentários:
Enviar um comentário