Comias a sopa a escaldar
- Garganta de cortiça -
Ajeitavas a lareira como
quem abraça
Abrias a casa da eira
para os cheiros,
fantasmas, fascinações,
E explicavas com paciência,
Coisas da terra
Que nunca entendi, mas hei-de entender.
Estilo bravo, sempre te tive
doce.
De lá fora para a cozinha,
da cozinha, para a poltrona
da poltrona para o reencontro.
A minha cor favorita é o azul.
Um dia estavas já quase de
partida para longe olhei
e vi que os teus olhos
eram os mais azuis
do mundo.
Sem comentários:
Enviar um comentário