segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Tenho medo

Tenho medo
E tenho raiva
E apetece vomitar
Por nós.

Tenho sede
E sono
E não se acorda
Porque ainda se cala.

Queria ter cultivado
Uma rosa
Com todo o amor
Para colocar no
vosso chão
ao pé do
vosso traço,
de pé.

Tenho vontade
de apagar
a palavra liberdade
Para virar
Assim o nosso
Segredo
mais criança,
entre a pele e o pelo,
suor
De ir e de voltar
)de passar na
banca, igreja, ,
Escadaria, vão.
Praça, túmulo, festa,
Café, pão(
saliva da vossa,
na minha língua
nos nossos beijos,
nos dentes, todos,
a ranger.

O que nos deram,
irmãos,
Não soubemos
Não sabemos
Devolver.

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