Houve um tempo em que sabia dizer coisas sobre as estrelas, resumir história do Homem e ler passados veia a veia no futuro. Sabia apontar lendas enquanto caminhamos, inventar danças de estátuas, saias e pedir o fim do olhar. Sabia montar templos no recreio, fazer poções – quem queira experimentar – sabia escolher tela de abrir boca e no fim imaginar. Sabia jeitos de cachecol, falas gregas e fogueiras, sabia de não lembrar quantas vezes eram primeiras. Sabia flautar-reger, sem nem ter triângulo ou um sino, sabia do castelo como fora quando ele era menino. Sabia passagens secretas, minas, quarteirões sem chegada, sabia treinar sem fazer de ti a namorada. Sabia anotar letras, compor a selva a antiguidade, sabia tentar na garagem uma grade,grande cidade.
Agora, tu de preto, ontem às sete, te olho e sorrio, sem saber. Abres a janela um pouquinho mais e deixas o tempo – se houvesse – sair.
Agora, tu de preto, ontem às sete, te olho e sorrio, sem saber. Abres a janela um pouquinho mais e deixas o tempo – se houvesse – sair.
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