quarta-feira, 5 de março de 2014

Pela primeira vez

Pela primeira vez
Na estória
Do meu mundo preguiçoso
Olho e anoto:
Vidro com listas de abismo;
Gente seca, meu pé molhado;
Páginas abertas em suplício
E um menino-coroa
De rei em dia de festa.

Um, dois, três, cafés.
Também índia, arte moderna
e Golo.
Espirro para pedir bolo
(funciona)
e fico de sofá aberto para a ideia.

Picolé da cor da saia;
Jardim que não existe;
Muitas mulheres
- anotei.
E quem passa
Nem quer.

Como podem ser zara
as sextas-feiras
Valentim.
Como são caras
As santas.

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