Maior contradição, que chatice:
Tudo o que tenho a dizer,
inútil, baralhado, é para ti e
só a ti não serve, está proibido.
De mãos cortadas desço o pomar
e olho para árvores que chovem
e ai dos cantos que rondam e nem passam
e ai das serpentes adequadas, frias
e ai dum lago fundo em lodo e esperança infantil
e nenhum pecado bem colocado
para reiniciar o mundo nesse pomar.
Meu bem, minha condição de deserto,
relembra, pelo menos.
e na lembrança terei cor
e terei cheiro e não terei perdão.
Pelo menos comprime o vento
dá a largada
cabeceia o ombro
puxa outro para dançar
continua a hora da janela
não é tempo de chegada
não precisas acabar.
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