quarta-feira, 15 de julho de 2015

Privilégio de ser português

Não tenho vergonha da minha tristeza 
- privilégio de ser português.
Caminho a cidade toda, respondo baixinho,
sorrio com os olhos antiquados e
Já não fujo de quem deve ser bandido.

Comovo-me com o mundo e os casais
Muito abraçados quando a tarde
Recua para amanhã. 
Arrumo o quarto para que caibam
Um piano e uma voz.

Percebo que todos escrevemos, desde Atenas,
(Apressados, na saída do oráculo)
O mesmo livro.f

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