O acaso é uma estrela cortada no meio
uma exaltação do tom além da corda
uma caminho cego que quebra a mão
como quebra o espaço,
uma explicação de dois reis e um príncepe
que apaga a fogueira
no primeiro sopro.
Quando tudo desabar,
porque a fome é muita,
restará o poeta e a memória.
Como pode ser isto de que dizem
do acaso em confusão?
A casa é vermelha, tem muita
baía da partida capitã.
Tem tiro e marcha e Florença
e solenidades de lápis de cor.
Comportemo-nos só mais um instante,
porque nem o tempo existe.
Uma rosa descolorida, seu eu soubesse.
Sem comentários:
Enviar um comentário