quarta-feira, 15 de julho de 2015

Se eu soubesse

O acaso é uma estrela cortada no meio
uma exaltação do tom além da corda
uma caminho cego que quebra a mão
como quebra o espaço,
uma explicação de dois reis e um príncepe
que apaga a fogueira
no primeiro sopro. 

Quando tudo desabar,
porque a fome é muita, 
restará o poeta e a memória. 

Como pode ser isto de que dizem 
do acaso em confusão?
A casa é vermelha, tem muita
baía da partida capitã. 
Tem tiro e marcha e Florença
e solenidades de lápis de cor. 
Comportemo-nos só mais um instante, 
porque nem o tempo existe. 

Uma rosa descolorida, seu eu soubesse.

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