quinta-feira, 13 de junho de 2013

Passo

Não excluas o mundo dessa tua paz morna,
rumba, tango.
Dessa coisa que se agita no ar
e rodopia nos sonhos.
Que os cansa até que adormeçam
e trata de aconchegar num beijo.
Desse armistício assinado a carícia na nuca,
a banho de pétalas,
a cheiro pele-mar.
Desse lento chegar perto
segredando, dessa mão atenta no joelho
ausente, desse ir como quem vem,
Desse ir-se.
Haja o que houver,
que essa ternura nos guie e
até o tempo se arrepie só de sentir passar.
A hora já não é de azar.

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