segunda-feira, 24 de junho de 2013

Terceira paragem

Posso dizer de Cracóvia que não é loira. É morena e sabe a maçã. Há em Cracóvia um oração à espera das mãos juntas, uma sopa que é pão, um milagre dos homens. Vive na exaltação dos corpos e da desinibição das almas. Em Cracóvia faz sentido parar. 
Cracóvia tem aquela praça que é uma chapada nos que imaginam Cracoviazinha e tem jardins nem feios nem bonitos, por onde quer que se vire. Tem Egito e política e a chaga de outras dores redimida em comércio. 
Cracóvia ainda se defende, abre as muralhas e tal e coisa e noite e gente, e música e mais, mas ainda se defende. 
Não há nada melhor do que baixar-lhe a alça e beijar-lhe e ombro. Depois ir embora sem olhar para trás.

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