Queria escrever sobre Paris mas não sei. Adjectivar é fácil. Contar
impossível.
É que eles não sabem da mistura da tua luz com as luzes da
cidade. Do teu ar deslumbrante-reguila junto às personagens do tio Walt nem do
espanto na Roda Gigante.
Ninguém percebe a força do teu abraço no Quartier
Latin. Ninguém percebe “dad, it´s just a picture” ou “congratulations”, ou
“bonjour”. Ninguém.
Acho que cidade nos deixa assim… arrogantes e felizes.
Com uma sensação de exclusividade, de feito à medida, de dias-alta-costura.
Em Paris voltei a falar com Deus. Em Paris até as putas são mais bonitas.
(2007)
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