quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Ignorar

Esquece o tempo, esquece a nota que fica no meio do nosso silêncio, esquece o que ia perguntar. 
Vamos celebrar esta chuva com abraço-caverna, com fogueira além-sombras, com liberdade de pássaros que cantam de noite e acordam uma vizinha só.
Vamos virar a agulha, inverter os pólos, a ordem moderna do ter que ser, todos os escritos, vamos para o sofá. 
Vamos fazer o que te apetecer, vamos ignorar-me, por favor.

(2012)

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