quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Não me nasci

Não me nasci inteiro 
Por timidez, desabida, azar,
e para não expor Deus. 

Ninguém percebeu se sim, 
Eu menos, mas nem tanto - 
Aprendemos juntos, maré. 

Disse vontade ali, quem já, 
Fechei os olhos, bebedação, 
Contrariado do efeito, subi.

Na tarde a caixa abolachou.
Eu imitei, sem óculos, e virei
Ladrão de acaso, revendido.

Coisas ouvidas imaginei, mais
Lençol nos ouvidos, permaneci.
Também queria matar

Sentar eu sentei e dizia
Medos na estica, de faca.
Ofereci perfumes colombianos

Ouvi, olvidei, muitas voltas
A contar com contrato:
O que se pode ter, terei.

Encontrei pessoas, cabelos
Silêncios de cima d´água,
Tripés montava a sorrir.

Longe tudo, achei o sol
Tinha vinho e dormida este sol.
Nem sempre se manda na cor.

Profetas busquei, ainda:
Nada de tanto além da morte.
De galho em galho se voa.

Pedi à Ginástica de cada dia
- Traz-me uma sombra, amor.
Ensina-me a primaverar

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