domingo, 10 de novembro de 2013

Só eu te vi

Dois saltavam pelo sangue, todos saltavam por um, e só eu te vi.
Trazias vestida a minha espera adolescente, e olhavas para longe dali nessa linha reta de labirinto que só agora conhecemos. Garanti casamento à tua amiga, fui quieto e sem pressa no pedido, deixei a batucada chegar, avermelhar e ir embora. Quando a manhã parecia só uma manhã, Copacabana autorizou que passasse, Nossa Senhora concedeu que me encontrasses, o Tio Woody desculpou tudo o resto e o molho, e o pó des-calças, e a escadaria.

Antes, também depois, do primeiro sono, merda virou poesia, e um riacho fazendeiro interrompeu o segundo adeus. Se soubéssemos nunca adivinharíamos.

(2013)

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