Que tragédia cheirosa este chegar caído de saudade, chamego e sono para o teu banho a esfriar. Vim de juntar cacarecos, sabes, para contar histórias de lembrar de ti. Vim de esperar na chuva miúda no banco – e se não te vejo, coração adolescente a repetir correrias da infância.
Vim de te ouvir aos poucos, e te dizer quem sou e te ver florir na época sem jeito. Vim de pedir emprestados, roubados, conquistados, alongados os teus olhos para rever o que há aí nas ruas dos homens, nos degraus por amor, nas ideias de Deus. Vim de escolher ser só antigo para o que temas, (te encostar no relógio do cravo), e só assim quando não tremas (tudo chocolate e maravatu e fubá). Vim de achar o mundo pequeno nas mãos pequenas, de despir insónias por teimosia, de alargar semente com a língua inteira. Vim de sonhar com acordar.
Vim de verter espuma ocidental do vidro corado até ao teu sorriso. Vim de cultivar maçã que arde e vai, que cura quem nem precisa. Vim de estudar todas as razões para dizer não. Vim ter contigo ao sim.
Vim de te ouvir aos poucos, e te dizer quem sou e te ver florir na época sem jeito. Vim de pedir emprestados, roubados, conquistados, alongados os teus olhos para rever o que há aí nas ruas dos homens, nos degraus por amor, nas ideias de Deus. Vim de escolher ser só antigo para o que temas, (te encostar no relógio do cravo), e só assim quando não tremas (tudo chocolate e maravatu e fubá). Vim de achar o mundo pequeno nas mãos pequenas, de despir insónias por teimosia, de alargar semente com a língua inteira. Vim de sonhar com acordar.
Vim de verter espuma ocidental do vidro corado até ao teu sorriso. Vim de cultivar maçã que arde e vai, que cura quem nem precisa. Vim de estudar todas as razões para dizer não. Vim ter contigo ao sim.
(2013)
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